Muitos dos posts que eu escrevo normalmente são inspirados por situações do cotidiano que chegam até mim por intermédio, principalmente, dos meus amigos. É até engraçado, porque muitos deles acabam fazendo de mim um conselheiro. Legal que isso aconteça, pois me faz perceber o quanto eles confiam em mim e nas minhas opiniões. Mas muitos não percebem que, na verdade, sou eu que estou aprendendo coisas novas com eles a cada dia, através de suas vivências e conflitos, pois isto me faz refletir. E muito.
Esta semana um amigo trouxe até mim uma situação que me surpreendeu: ele me contou que todas as vezes em que terminava uma transa ele sentia vergonha de si mesmo por ter sido passivo!
Dá para acreditar? O que era para ser prazeroso tornava-se para ele um grande fardo no final.
Ele me explicou que o pai dele não sabe que ele é gay, mas vive dizendo que homem que “dá a bunda” é inferior e indigno. Por isso, toda a vez que meu amigo fazia o papel de passivo numa relação acabava se lembrando das palavras do pai e caia em depressão.

Esta imagem de que o gay passivo tem menos valor é muito acentuada na sociedade. Vem desde criança, quando aprendemos que para ofender um homem basta mandá-lo “tomar no cú”. Desculpem os palavrões.
É muito comum ouvirmos falar de homens que transam com outros homens e não se consideram gays (ou bi) apenas porque só fazem o papel de ativo. Como se ser passivo fosse status quo de todo homossexual.

Também já vi muitos caras (passivos) dizerem em rodas de conversa que são ativões por pura vergonha de assumir sua “passividade”. Gente, que problema há nisso?
Não se pode dizer que um gay é fraco e submisso pelo fato de ser passivo. Ora, quantos homens héteros casados que vocês conhecem são dominados por suas esposas? Na prática mesmo, a maioria, né?
Cama não é parâmetro para se medir valor ou força de ninguém. No sexo tudo se altera, se transforma. Em cima de uma cama, o que vale é a fantasia e o prazer. Ser passivo ou ser ativo numa relação é condição que fica em cima da cama, entre quatro paredes, não se aplica nas situações do dia a dia.

Querem outro exemplo? Entrem nas salas de bate papo da uol que vocês vão encontrar chats de homens héteros que gostam de ser dominados e até mesmo penetrados por mulheres. E daí?
Sexo é sexo. Diferente da mulher, o homem sente muito prazer no ânus sim, independente de ser hétero ou homossexual. É fato comprovado que, se existe um ponto G no homem, este ponto fica na região anal. Quer os homens admitem ou não. Muitos preferem nem experimentar.
Então, para os amigos que curtem ser passivos e os que pensam em experimentar, deixem seus preconceitos de lado e vivam seu prazer de forma ilimitada, pois sexo é muito bom e o que rola na cama com vocês não deve interferir em nada na sua vida social. Nem servir para se diminuir, ou diminuir os outros. Aliás, nem é da conta de ninguém, né? o importante é usar sempre camisinha

Em tempo, certa vez eu vi em um blog que, segundo uma pesquisa, 75% dos gays são passivos, 20% são versáteis e 5 % são ativos. Entretanto, o blog não citou a fonte desta informação.. Sendo assim,criei uma enquente própria para conferir.Votem