FOI UM ERRO,APOIO AO IRÃ NA ONU, "DIZ DILMA"



Na contramão desta luta por respeito aos direitos humanos está o presidente Lula, que recebeu em nosso país, com todas as honrarias, apesar dos protestos dos movimentos sociais, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que manda enforcar ou fuzilar em praça pública os homossexuais iranianos.
A presidente eleita Dilma Rousseff criticou, em entrevista publicada ontem no jornal The Washington Post, o comportamento do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em 18 de novembro, ao se abster de votar uma condenação às violações de direitos humanos no Irã o país é famoso por executar Homossexuais'Não concordo com o modo como o Brasil votou. Não é a minha posição', afirmou Dilma, que vinha evitando fazer comentários sobre a decisão do Itamaraty.
Na votação, a ONU aprovou uma censura ao regime iraniano por violações de direitos humanos e pediu o fim dos apedrejamentos, da perseguição a minorias e de ataques a jornalistas.
O Brasil foi um dos 57 países que se abstiveram na votação - outros 80 votaram a favor da condenação e 44 foram contrários. A aproximação do Brasil com o Irã tem sido vista com preocupação por Estados Unidos e Europa.
A censura da ONU a Teerã foi motivada pela condenação à morte por apedrejamento de Sakineh Achtiani, acusada de adultério e de envolvimento no assassinato do marido. Em sua primeira entrevista como presidente eleita, Dilma havia criticado a sentença.
Na entrevista ao Post, ela voltou a condenar o apedrejamento de mulheres no Irã. 'Não concordo com as práticas medievais características que são aplicadas quando se trata de mulheres. Não há nuances e eu não farei nenhuma concessão em relação a isso', garantiu. 'Não sou a presidente do Brasil (hoje), mas ficaria desconfortável, como uma mulher eleita presidente, em não me manifestar contra o apedrejamento. Minha posição não vai mudar quando assumir.'