Quem nunca teve um amigo, um parente ou um colega que tem um filho gay? E se isso acontecesse em sua casa?
Desde o momento que um filho nasce temos um sonho ou uma visão de como ele poderá ser um dia e, de repente, seu filho adolescente chega e diz: “eu sou gay” ou “eu sou lésbica”. Tendo já desconfiado ou não, a sua reação é de choque, de total desnorteamento. Surgem, então, as inevitáveis perguntas: por que? Onde errei? Como ele pode fazer isso comigo? O que os vizinhos vão dizer?
Em primeiro lugar você deve saber que a decisão de seu filho, de revelar algo que nossa sociedade tanto reprime, exigiu dele muita coragem e demonstra uma surpreendente carga de amor e confiança em você. Cabe a você corresponder com a coragem, retribuir esta confiança e enfrentar esta situação junto.
Jovens gays e lésbicas, que são isolados pelos pais, pelos familiares, apresentam uma grande incidência de suicídio e de abuso de drogas e álcool, sem contar o aumento do fator risco para doenças sexualmente transmissíveis.
As pesquisas com relação às causas da homossexualidade não são consideradas consistentes. A origem genética é descartada, pois não se apresentou qualquer alteração cromossômica em todos os casos de homossexuais examinados.
Mesmo alguns defensores da origem genética admitem “predisposição inata” que só se transforma em efetivo desejo homossexual por forças de fatores desencadeadores de natureza psicossocial, entre os quais ligação com a mãe autoritária; falta de uma figura paterna como modelo de identificação; experiências de iniciação na infância ou na adolescência; e fixação da personalidade a níveis auto-eróticos.
É importante aceitar e entender a orientação sexual do seu filho, pois não é uma fase, muito menos uma escolha. É possível que as pessoas passem por um período experimentando a sexualidade, mas se ele chegou a ponto de contar aos pais é porque ele já tem a certeza.
Para aceitar, não é necessário ter definido a causa. É necessário amar muito o seu filho. O sexo das pessoas nada tem a ver com o caráter. Seu filho continua o mesmo que era antes de assumir a homossexualidade.
Não se prenda a sofrimentos causados por pessoas preconceituosas que lhes impedirão de enxergar e viver as maravilhas da vida. Olhe para seu filho como um ser humano com muita sensibilidade, com muitas qualidades e descubra quanta alegria ele poderá te dar.
Sugiro que procure um terapeuta para ajudá-los a rever conceitos, a curar feridas causadas por anos de preconceito e assim encontrarem a paz no verdadeiro exercício do amor.