As últimas pesquisas de intenção de votos para o cargo mais almejado do país, revela-nos o crescimento da candidata Dilma Rousseff junto ao Palácio do Planalto. Em suas últimas declarações que fez em rádios e emissoras, Dilma declarou com veemência a sua postura favorável em relação à união civil de pessoas do mesmo sexo. Sempre soube que Dilma não abandonaria a classe LGBT, que reúne aproximadamente entre pertencentes e simpatizantes 40 milhões de brasileiros. Quem não tem um HOMOSSEXUAL na família? Ou um amigo pessoal que seja ? Óbvio que o contingente evangélico é superior à classe gay, chegando a 55 milhões de habitantes entre praticantes e adeptos . Mas, numa lógica francesa misturada com brasileira, chega-se à conclusão que nem todos os evangélicos são contra a união civil de homossexuais e, resumindo, o movimento LGBT acaba sendo decisivo no pleito presidencial.
Dilma, desde que ocupou o cargo de Ministra da Casa Civil, demonstrou seu apoio indireto do seguimento. Sabemos que uma possível lei que siga os passos de nossa república irmã Argentina, venha ocorrer em terras brasilis, dependerá do Congresso Nacional que tem hoje uma bancada de deputados e senadores apoiados pelas classes evangélicas e católica, o que poderia tornar a situação complicada a uma possibilidade de vir a ser votado tal projeto mesmo com Dilma na presidência. Mas a influência da equipe de governo junto a liderança das 2 casas legislativas e a escolha de deputados e senadores não-conservadores poderia solucionar a situação futura de uma possível aprovação da lei 122/06 que torna criminaliza a Homofobia no Brasil.
O que mais me chamou atenção neste debate da união civil entre pessoas do mesmo, foram os comentários de Silas Malafaya, líder evangélico e vice-presidente da Assembléia de Deus no Rio de Janeiro (Bairro da Penha) que alertou a presidenciável Dilma Rousseff em relação a sua postura de apoiar a união civil de casais gays. Só que o pastor que fala aos cotovelos esqueceu-se que posturas conservadoras e ditames doutrinários não determinam eleições. Assim foi na eleição presidencial americana com Obama, na espanhola com Zapateiro e na Argentina com Cristina Kirchner. Desses países apenas os Estados Unidos ainda não possuem uma legislação favorável. Porém, Obama sempre se posicionou a favor do ideal e, mesmo assim, venceu as eleições de 2009 num país que possui o maior percentual evangélico do planeta. Países como Uruguai e Chile já debatem no parlamento uma possível lei a exemplo da vizinha Argentina. Nestes países, seus candidatos sempre declararam favoráveis a união civil de casais do mesmo sexo e foram eleitos.
Um aclame a todos LGBTs do Brasil: Esta é a grande oportunidade de mostrar nossas forças contra a hipocrisia de membros evangélicos, do clérigo católico e da sociedade ignorante atípica do século XXI: O século das transformações. Pastores pegos com menores do mesmo sexo em hotéis de quinta, padres pedófilos, pregadores que percorrem as madrugadas atrás de sexo homossexual, enfim todos estes no passado pregavam sua ira contra nós, os homossexuais desta Terra de Vera Cruz.
Como disse um grande jornalista argentino quando a lei foi aprovado em julho: Esperamos três séculos para que o índio fosse considerado um ser com alma, os negros no Brasil o mesmo tempo para serem libertos e serem considerados gente e por que não esperar mais um pouco para que todos nós latinos possamos ter o direto de amar e sermos felizes?
Edição de texto :Elker Barros militante virtual